Artigos http://www.syntony.com.br/index.php/artigos Tue, 11 Apr 2017 01:52:13 +0000 Joomla! - Open Source Content Management pt-br pedrosa@syntony.com.br (Pedrosa - Psicólogo e Terapeuta Sexual) Sentimentos são estados corporais http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/28-sentimentos-sao-estados-corporais http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/28-sentimentos-sao-estados-corporais pt1A terapia comportamental se distingue das psicoterapias tradicionais pela ênfase dada ao ambiente na determinação do comportamento. Os fundamentos da terapia comportamental são alicerçados nos pressupostos da Análise Experimental do Comportamento que é uma ciência que se preocupa com o modo pelo qual o comportamento de um organismo está relacionado com o seu ambiente.

O ponto focal do trabalho do terapeuta comportamental é analisar as interações existentes entre o organismo (pessoa-cliente) e o seu ambiente. As relações entre organismo e ambiente são chamadas de contingências de reforçamento. O terapeuta irá identificar e demonstrar, através de hipóteses, as relações funcionais existentes nestas contingências de reforçamento.

O terapeuta comportamental não se preocupa só com o ambiente. Como ressaltou Skinner em várias passagens da sua obra, a análise do comportamento não faz oposição entre comportamento e sentimento, pois tanto os sentimentos como os comportamentos são ambos causados pelas histórias genéticas e ambientais da pessoa (situações passadas que determinaram a formação do repertório comportamental e as situações presentes). Porém, ele esclarece que “a psicoterapia em geral se preocupa com sentimentos, ansiedade, medo, raiva e assemelhados. Um passo inicial em direção à terapia comportamental consistiu na noção de que o que é sentido não é um ‘sentimento' mas um estado do corpo... a terapia comportamental se interessa mais pelo evento antecedente do que pelo sentimento”, (Skinner, 2005).

Sentimentos são estados corporais

Quando o cliente relata que sou muito ansioso e minhas mãos ficam frias e suando quando vou ter relação sexual com minha namorada, aí ejaculo super-rápido, a ansiedade, a mão fria e o suor são estados do corpo do cliente (sentimentos) eliciados durante a relação sexual. O terapeuta sexual entende que estes estados corporais são causados por eventos passados (antecedentes) que podem ter condicionado uma resposta de fuga/esquiva através da ejaculação rápida. Portanto, não é a ansiedade que provoca a ejaculação rápida, mas algo que aconteceu no passado, no ambiente sexual do cliente, que condicionou uma ejaculação rápida. O terapeuta precisa saber sobre os eventos antecedentes para poder explicar esta ejaculação rápida. Assim, sendo “a terapia comportamental se interessa mais pelo evento antecedente do que pelo sentimento” (Skinner, 2005).

Caso a cliente relate que falta interesse em ter relação sexual com seu parceiro porque sente muita dor na penetração vaginal (dispareunia) o terapeuta deve fazer uma análise funcional e evidenciar qual a funcionalidade desta falta de interesse sexual pelo parceiro e a dor na penetração. Por que esta cliente foge ou se esquiva do seu parceiro através da falta de interesse e desejo? O parceiro estaria criando um “clima” (ambiente) aversivo, portanto, desfavorável para ela continuar tendo uma relação sexual satisfatória? Estas e outras hipóteses devem ser analisadas para em seguida se definir uma linha de conduta na terapia.

Os comportamentos sexuais disfuncionais de etiologia não orgânica são causados por contingências de reforçamento negativas e não por sentimentos ou estados mentais. Podemos tornar a vida sexual do cliente funcional eliminando a disfunção sexual corrigindo as contingências. Ou seja, provocando arranjos de contingências no ambiente sexual do cliente e, em muitos casos, em outros ambientes.

As explicações ficcionais para o comportamento, tais como: recalque; frustração; desmotivação; insegurança; dentre outras, não interessam ao analista do comportamento, pois não explicam o comportamento do cliente. Interessa sim, buscar a funcionalidade do comportamento sexual do(a) cliente.

Referência bibliográfica: Skinner, B. F. (2005). Questões recentes na análise comportamental. 5ª ed. Campinas: Papirus.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:21:13 +0000
Comportamento operante http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/27-comportamento-operante http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/27-comportamento-operante pt2A terapia comportamental aplicada ao tratamento da disfunção sexual está interessada na análise de que maneira o cliente interage com o seu ambiente sexual. O terapeuta comportamental analisa as interações existentes entre o organismo (pessoa-cliente) e o seu ambiente. Entende-se aqui como ambiente, a parceria sexual do cliente, o local e a maneira como ocorre a relação sexual.

Comportamento
operante

A palavra operante se aplica a alguma coisa que opera, ou que exerce uma influência. O comportamento operante age sobre o ambiente. Ele tem um efeito direto sobre o ambiente. Uma determinada conseqüência do operante que resulte no aumento da freqüência das respostas posteriores pode ser chamada de reforçamento.

No operante a freqüência da resposta é dependente da história de condicionamento (reforçamento), estados de privação e condições dos estímulos. O repertório comportamental de um indivíduo é formado, também, pelos operantes que são condicionados durante sua vida. Um comportamento operante (opera sobre o ambiente) é o comportamento que é mais provável na presença de um estímulo discriminativo devido uma história de reforço em sua presença no passado. O comportamento operante é controlado pelo contexto e pelas suas conseqüências.

Reforço positivo e reforço negativo

O organismo encontra-se em constante interação com o ambiente e o seu comportamento é sempre afetado pelas conseqüências que comportamentos similares tiveram no passado. Skinner (1993) evidencia que, “Quando um comportamento tem o tipo de conseqüência chamado de reforço, há maior probabilidade dele ocorrer novamente. Um reforço positivo fortalece qualquer comportamento que o produza... um reforço negativo revigora qualquer comportamento que o reduza ou o faça cessar...” (Skinner, 1993, p.43).

O reforçamento é positivo quando um reforçador positivo é apresentado e fortalece um determinado comportamento. A criança ama o seu pai, todos os dias ao final da tarde fica no portão de casa esperando o pai chegar do trabalho, pois provavelmente receberá um mimo dele: um beijo ou um doce. Beijo e doce são reforçadores positivos que fortalecem e aumentam a freqüência do comportamento da criança de ficar esperando o pai no portão.

O reforçamento é negativo quando um reforçador negativo é removido fazendo cessar um comportamento. A criança detesta sua babá, de manhã quando a mãe sai para trabalhar a criança chora, pois não gosta da babá, ela é uma pessoa que pune a criança com castigos. Ficar com a babá é aversivo para criança. Diariamente a criança entra no carro da mãe segura o banco e não quer sair do carro.  
Ficar dentro do carro segurando o banco para ir embora com a mãe é um reforçador negativo, pois  visa remover algo que é aversivo, a babá. É um reforço negativo de FUGA (eliminação de uma estimulação aversiva) que poderá cessar o comportamento da criança de ficar com a babá em casa. Mas, a criança não consegue ir com a mãe e fica com a babá em casa. Para ter um mínimo de contato com a babá a criança fica todo tempo no quarto por temer possíveis castigos. Quando a babá entra no quarto a criança corre e se esconde embaixo da cama. Esconder-se embaixo da cama é um reforço negativo de ESQUIVA (prevenção de um possível estímulo aversivo, a punição da babá).

Contingências de reforçamento

As relações entre organismo e ambiente são chamadas de contingências de reforçamento. O terapeuta irá identificar e demonstrar, através de hipóteses, as relações funcionais existentes nestas contingências de reforçamento e poderá ter uma explicação de uma possível disfunção sexual de origem não-orgânica. Partimos sempre do princípio que qualquer comportamento é determinado por algo, ou seja, existe uma relação causal na sua determinação.

A análise do comportamento objetiva evidenciar quais são as leis que determinam como os organismos se comportam. Ao contrário da Psicologia tradicional introspectiva que destaca o papel de algo nomeado de “mente” na determinação do comportamento, a análise do comportamento acredita que o comportamento ocorre através das contingências de reforçamento na inter-relação entre o organismo e o ambiente. A terapia comportamental aplica os princípios da análise do comportamento.

Sinopse de casoejaculação rápida

Mário (nome fictício), 28 anos, sofre com sua ejaculação rápida primária. Desde as primeiras relações sexuais na adolescência não consegue ter o controle ejaculatório. Relata que é ansioso e acredita que a causa da falta do controle ejaculatório é a sua ansiedade. Ao contrário do que pensa, a ansiedade não é a causa da sua falta de controle ejaculatório. É sua história de reforço em ejacular rápido que provoca a falta do controle ejaculatório. Ele relata que seu pai era violento e apanhou muito quando era criança. Recebeu dezenas de surras com vara de goiabeira, cabo de enxada e fio de cobre. Uma destas surras marcou bastante: estava no banheiro se masturbando quando o pai surpreende-o. Passou a se masturbar no quintal da casa, atrás de uma árvore. Procurava ejacular o mais rápido possível com medo de ser pego.

Sua primeira relação sexual foi aos 17 anos com uma garota de programa. Lembra que ejaculou muito rápido. Desde então, teve várias namoradas antes da atual e sempre ejacula nos 30 primeiros segundos da relação. Mário foi criado num ambiente com muitas contingências negativas. Foi muito punido pelo pai com surras. Sua mãe submissa, sempre apoiou o pai. Mário generalizou uma ansiedade crônica para muitos ambientes, não só o sexual, com medo de possíveis punições. Seu organismo sensibilizou-se para ejacular rápido.

Através da Terapia Comportamental usando a Técnica de Dessensibilização e Modelagem de Comportamento (reforço diferencial e aproximação sucessiva) é possível extinguir este operante (ejacular rápido) fazendo com que Mário passe a ter o controle ejaculatório.

Referências bibliográficas: Skinner, B. F. (1993). Sobre o behaviorismo. São Paulo: Cultrix. Skinner, B. F. (2005). Questões recentes na análise comportamental. 5ª ed. Campinas: Papirus.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:20:12 +0000
Análise funcional http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/26-analise-funcional http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/26-analise-funcional Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4

pt3O comportamento é uma característica primordial dos seres vivos. Quase o identificamos como a vida propriamente dita. Qualquer coisa que se mova é tida como vivaespecialmente quando o movimento tem direção ou age para alterar o ambiente (Skinner, 1974). O nosso grande desafio sempre foi buscar as explicações das causas que determinam os comportamentos ou por que os organismos se comportam.

Ao longo da aventura humana, muitas tentativas foram feitas para explicar as origens dos comportamentos: (1) causas populares, todas elas baseadas na tradição cultural anticientífica, como: astrologia - a posição dos planetas determina nosso comportamento; numerologia – significação dos números influencia no comportamento: (2) causas internas, buscam as causas no processo que se realiza no interior das coisas, ou seja, um agente interno determina o comportamento, como: causas neurais – estruturas determinam comportamentos; causas internas psíquicas – busca explicar o comportamento em termos de um agente interno sem dimensão física, chamado de mente ou psíquico. A psicologia tradicional introspectiva é baseada nestes pressupostos. Os conceitos da psicanálise de Freud do ego, superego e id, são usados desta maneira, bem como as várias teorias deles originadas.

Diferente das explicações populares e da psicologia tradicional introspectiva, a análise experimental do comportamento busca a explicação da origem do comportamento nas variáveis externas ao organismo que se encontram no ambiente. O hábito de buscar dentro do organismo uma explicação do comportamento tende a obscurecer as variáveis que estão ao alcance de uma análise científica. Estas variáveis estão fora do organismo, em seu ambiente imediato em sua história ambiental. Se vamos usar os métodos da ciência no campo dos assuntos humanos, devemos pressupor que o comportamento é ordenado e determinado (Skinner, 1974). Podemos predizer, controlar e interpretar um comportamento manipulando e alterando as variáveis das quais o comportamento é função.

Análise
funcional

As variáveis externas (as independentes) das quais o comportamento é função possibilitam fazermos uma análise causal ou funcional. O entendimento da relação entre a causa do comportamento (variáveis independentes que estão no ambiente) e efeito no organismo determinando como ele se comportará (variáveis dependentes) nos possibilita analisar o comportamento. Teremos um encadeamento causal composto por três elos. Por exemplo: (1) uma condição externa (ambiente), ou seja, uma operação efetuada de fora do organismo – alguém priva um indivíduo de beber água por dois dias; (2) uma condição interna – longa privação provocou sede excessiva: e (3) um certo comportamento – necessidade urgente de beber água. Podemos analisar e prever a probabilidade de resposta deste indivíduo beber água. Colocamos uma jarra de água na sua frente, e como sabemos da sua história recente de privação de água, podemos prever que ele beberá toda jarra. Portado, o comportamento de beber água em excesso é função da sede provocada pela história recente de privação.

Utilização
da análise funcional

A terapia comportamental está interessada em analisar como os eventos ambientais (os estímulos) determinam as ações do organismo (as respostas). A relação de dependência entre estes eventos, ou seja, a resposta e as conseqüências reforçadoras é chamada de contingência de reforçamento. A identificação destas relações entre eventos ambientais e as ações do organismo é chamada de análise funcional. É um importante instrumento de trabalho para o terapeuta comportamental. Utilizamos a análise funcional para quê? Para identificar qual a funcionalidade do comportamento (queixa) do cliente. Por exemplo, na queixa de ejaculação rápida descartada alguma etiologia orgânica temos que, através de hipóteses, identificar por que ele ejacula rápido.

Numa análise funcional evidenciamos o Antecedente (especificar as ocasiões onde a resposta ocorreu) x Comportamento (a própria resposta) x Conseqüência reforçadora: tipo de reforço positivo – fortalece o comportamento que produz; reforço negativo de fuga - elimina a estimulação aversiva; ou reforço negativo de esquiva – previne a estimulação aversiva.

Sinopse
de casoanálise funcional de ejaculação rápida

José (nome fictício), 32 anos, heterossexual, noivo, queixa-se de ejaculação rápida primária. Ejacula, em média, nos dois primeiros minutos da relação sexual.


ANTECEDENTE

COMPORTAMENTO

CONSEQÜÊNCIA

Pai “tirava sarro quando ele era criança falando que tinha “o pinto pequeno”;
Nunca trocou de roupa na frente de ninguém, com vergonha. Parou de jogar bola por este motivo(vestiário);
Adulto seu pênis mede 15 cm, dentro dos padrões. Tinha fimose, foi encaminhado por mim para operação com médico urologista;
Primeira relação aos 16 anos com colega de colégio, ejaculou rápido e a colega espalhou pela escola que ele tinha o pênis fino, reforçando sua preocupação. Mudou de escola por vergonha;
(estes eventos sensibilizaram o cliente a ejacular rápido como fuga/esquiva por vergonha do pênis, numa história de reforço).

Na masturbação solitária não ejacula rápido. Na masturbação e na relação com a parceira (ambiente sexual) ejacula rápido;
Teve poucas namoradas (duas firmes)  “tinha vergonha”;
Procurou com muita freqüência garotas de programa e sempre ejaculou rápido (aqui houve muito reforçamento em esquema de reforço intermitente em intervalo. Em geral, este condicionamento resulta num comportamento estável e muito resistente à extinção operante);
Não gosta que a parceira faça sexo oral com vergonha;
Relata ansiedade durante a relação sexual; peito se fechando, medo da parceira comentar sobre seu pênis, tremor e muito suor.

Reforço negativo de fuga/esquiva (ejacula rápido porque sente muita vergonha do seu pênis e acha que não vai satisfazer nenhuma mulher).
A funcionalidade da ejaculação rápida é sair logo da relação sexual, pois “fico tremendamente constrangido, achando que aquela mulher não tá gostando”.

RESULTADO OBTIDO

Tratamento durou 16 sessões;
Através do uso da técnica de dessensibilização extinguiu a fuga/ esquiva através de 32 exposições;
A noiva colaborou bastante;
Obteve o controle ejaculatório e parou com a masturbação solitária freqüente – era uma esquiva para não enfrentar o ambiente sexual.


Referência bibliográfica: Skinner, B. F. (1974). Ciência e comportamento humano. São Paulo: Edart.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:19:00 +0000
Reforço http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/25-reforco http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/25-reforco pt4O comportamento tem conseqüências e uma propriedade importante do comportamento é que ele pode ser afetado por suas conseqüências. (Catania, 1999). Um aspecto fundamental para entendermos como o comportamento ocorre é que, além da necessidade da existência de um estímulo, as conseqüências do comportamento afetam como o organismo vai se comportar. Em todos os ambientes em que vivemos as conseqüências estão presentes e nós aprendemos a discriminar se algo será reforçado ou punido.

Uma das primeiras tentativas sérias de estudar as mudanças ocasionadas pelas conseqüências do comportamento foi feita por E.L. Thorndike em 1898. (Skinner, 1974). Seus experimentos permitiram que se descobrisse uma lei importante: o comportamento se estabelece quando seguido de certas conseqüências. Os animais submetidos aos experimentos eram privados de alimentos e aprendiam a fugir da caixa-problema operando um dispositivo que abria a porta libertando-os para que saciasse sua fome com a comida (reforço) fora da caixa. Thorndike descobrira um princípio que ele denominou de Lei do Efeito. A lei passou por revisões, mas sua essência evidencia que a probabilidade de resposta pode ser aumentada por algumas conseqüências e reduzidas por outras (Catania, 1999).

Reforço
Num experimento de laboratório as pressões à barra para liberar água, por um rato privado de água, aumentam quando a cada pressão é liberada água (reforço) e diminuem quando a pressão não libera água (extinção). O cliente sempre volta ao restaurante X, pois a qualidade da comida e o atendimento aumentam a probabilidade do cliente procurar o restaurante X e não o Y. Estes dois exemplos ilustram o Princípio do Reforço: o responder aumenta quando produz reforçadores. No rato a água e no homem a qualidade da comida e do atendimento.

Para (Catania, 1999) o termo reforço é descritivo, não explicativo. Ele nomeia uma relação entre o comportamento e o ambiente. Esta relação inclui três propriedades: 1. as respostas devem ter conseqüências; 2. sua probabilidade deve aumentar, ou seja, as respostas serão mais prováveis do que quando não tinham essas conseqüências; e 3. o aumento da probabilidade deve ocorrer porque a resposta tem essas conseqüências e não por outra razão qualquer.

Durante nossa vida entramos em contato com inúmeros ambientes e as conseqüências de muitas respostas permanecem constantes durante toda a vida. Mas, algumas respostas não são reforçadoras e sim punidoras. No caso do ambiente que nos interesse analisar, o sexual, uma disfunção sexual pode ocorrer como um punidor, trazendo sofrimento para o indivíduo, merecendo tratamento. Encontramos uma variedade enorme de reforçadores. Muitos provam sua eficácia na primeira experiência que o organismo tem (um único reforço) outros adquirem suas propriedades ao longo da vida por uma história de reforçamento.

Tipos de reforços
Reforço Incondicionado: é um reforçador que não depende de qualquer relação com outros reforçadores. Uma rajada de vento com poeira eliciará mais lágrimas e os olhos se fecharão.

Reforço Condicionado:
é aquele que se torna efetivo em virtude de sua relação com algum outro reforçador. A criança faz a lição de casa, pois sempre a professora elogia os alunos aplicados.

Reforço Generalizado:
está relacionado com outros possíveis reforçadores. Um bom exemplo deste reforço é o dinheiro.

A aquisição do comportamento dar-se através do reforço. O reforço produz comportamentos que têm conseqüências. São estas conseqüências que denominamos de aprendizagem. Por exemplo, aprendemos desde cedo que não devemos passar no sinal vermelho, pois as conseqüências poderão ser um atropelamento ou uma multa (punição).

O reforço é positivo quando a conseqüência do responder é a adição de um estímulo ao ambiente do organismo: a resposta acrescenta algo ao ambiente. O reforço é negativo quando a conseqüência do responder é a subtração de um estímulo do ambiente do organismo: a resposta retira algo do ambiente. No ambiente sexual o reforço, também, faz a resposta reforçada aumentar mantendo-a (positivo) ou suprimindo-a (negativo).

Exemplos
Marcelo nunca perde a ereção ou ejacula rápido com Dores, pois sente atração sexual por ela. Ela, que é o seu ambiente sexual, demonstra muito prazer no sexo: boa lubrificação e sempre tem orgasmo. Marcelo e Dores gostam deste ambiente que o reforça positivamente.

Ricardo muitas vezes perde a ereção na relação sexual com Márcia no momento da penetração vaginal. Ela sente muita dor na penetração (Dispareunia) tem pouca lubrificação e nunca o procura para sexo. Ricardo fica tenso neste ambiente que o reforça negativamente. Sua perda de ereção na penetração vaginal é um reforço negativo de fuga, ele elimina o incomodo de provocar sempre dor em Márcia quando faz a penetração.

João sempre ejacula rápido com Luiza, sua segunda namorada. Com Moema, sua primeira namorada, tinha medo de engravidá-la e sempre ejaculava antes da penetração - reforço negativo de esquiva, que é a prevenção de uma estimulação aversiva, engravidar a parceira. João condicionou a ejaculação rápida numa história de reforço com Moema e a generalizou para todos os ambiente sexuais. Observação: todos os nomes dos exemplos são fictícios.

Referências bibliográficas:
Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. Porto Alegre: Artmed.
Skinner, B. F. (1974). Ciência e comportamento humano. 2. ed. São Paulo: Edart.
Skinner, B. F. (1993). Sobre o behaviorismo. São Paulo: Cultrix.
Skinner, B. F. (2005). Questões recentes na análise comportamental. 5ª ed. Campinas: Papirus.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:18:23 +0000
Formação do repertório sexual http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/24-formacao-do-repertorio-sexual http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/24-formacao-do-repertorio-sexual pt5O ambiente onde somos criados é decisivo para formação do nosso Repertório Comportamental. Este ambiente irá modelar um conjunto extenso de comportamentos que fará parte do repertório de cada um de nós. Na aquisição da linguagem entre humanos, uma criança entre um e seis anos de idade amplia seu vocabulário a uma taxa média de cinco a oito palavras por dia; em torno de seis anos de idade, uma criança provavelmente tem um vocabulário produtivo de milhares de palavras (Catania, 1999).

A aquisição da linguagem é só um aspecto da formação do repertório. Uma infinidade enorme de outros comportamentos operantes é modelado ao longo da vida. Mas, é na infância que ocorre os condicionamentos decisivos para formação do repertório.

O comportamento verbal é explicado por suas conseqüências e o seu contexto. Suas conseqüências são resultados das ações dos ouvintes. O comportamento verbal parece começar por imitação e depois é modelado pelas suas conseqüências, como receber reforçamento positivo das pessoas que convivem com a criança: muito bem, parabéns!; repete para papai ouvir, carro vermelho, acertou!; que menina educada, falou obrigada, vem cá para a mãe te dar um beijo!, entre outros.

Faz parte do repertório de um organismo, seja ele humano ou não-humano, um comportamento que este organismo pode emitir, no sentido de que o comportamento existe em um nível acima de zero, foi modelado ou, se extinto, pode ser rapidamente reinstalado (Catania, 1999).

Comportamento governado por regra e modelado por contingência

Quando dizemos que um comportamento é governado por regra (ou verbalmente) defini-se que uma regra controla determinado comportamento e esta regra é um tipo de estímulo discriminativo (Sd) verbal para que o comportamento seja emitido. Pai (falante) diz para o filho (ouvinte): filho toda vez que sair do metrô, tire o celular da cintura e ponha no bolso. A regra é dirigida, instruída, comentada e estar sob controle de um Sd verbal, no caso o comentário do pai. Caso o pai não fale para o filho e num determinado dia o filho, ao sair do metrô, tem seu celular roubado, a partir deste dia o filho, ao sair do metrô, põe o novo celular no bolso. Aqui o comportamento foi modelado por contingência. O ato de agora colocar o celular no bolso surgiu sem instrução prévia, mas como conseqüência de uma punição a partir da interação com o ambiental. Colocar o celular no bolso neste contexto é um reforço negativo de esquiva que previne a estimulação aversiva, ser roubado de novo.

Quando a pessoa demonstra o ato sem falar dele é um sinal de que o comportamento foi modelado por contingência como: quando o bebê começa a engatinhar, vai se segurando nos móveis, cai e levanta sucessivamente, até aprende a andar; ou o adolescente que nunca cozinhou arroz, foi morar sozinho, e depois de queimar duas vezes a comida começou a acertar o ponto do arroz.

O comportamento governado por regras é um tipo de conhecimento declarativo, a pessoa “sabe sobre”. Já o comportamento modelado por contingências é um tipo de conhecimento operacional, a pessoa “sabe como”.

Separamos comportamento governado por regra do modelado por contingência na tentativa de explicar como é formado nosso repertório comportamental. É difícil pensar em exemplos puros de comportamento modelado por contingências porque muito de nosso comportamento começa com instrução e passa a ser modelado pelas contingências quando se aproxima de sua forma final (Catania, 1999).

É inconcebível pensarmos alguém cursar medicina e formar-se sem nunca ter tido uma aula prática. As muitas horas de aulas teóricas referem-se ao “saber sobre”, são as regras dos procedimentos. Depois é necessário o estudante “saber como”, estabelecendo as contingências na prática do centro cirúrgico. Lá, ele vai modelando seu comportamento de procedimentos cirúrgicos e incorporando todos estes operantes no seu repertório comportamental de médico cirurgião. As primeiras aproximações são grosseiras, porque estão sobre controle das regras, que são corrigidas pelo médico mais experiente. O produto final, depois de várias tentativas, é o comportamento modelado por contingências que é refinado depois de repetições.

Formação do repertório comportamental sexual
A formação do nosso repertório sexual, também, é estabelecido por regras e contingências. Numa perspectiva da Análise do Comportamento nosso repertório sexual é estabelecido através de influências genéticas, ambientais e das práticas culturais.

Já nascemos pré-programados para respondermos a determinada estimulação ambiental: a saliva eliciada por comida ou ácido na boca é um membro de uma classe de RESPONDENTES, que são classes de respostas definidas em termos dos estímulos que as produzem fidedignamente. O comportamento de salivar a partir de uma estimulação que vem do ambiente (comida na boca) foi selecionada filogeneticamente. A região pélvica nos organismo humanos foi selecionada com muitas terminações nervosas em particular a glande no homem e o clitóris na mulher. Estimulações ambientais, o roçar, nesta região mesmo em organismos com pouca idade irá provocar uma reação respondente, ou seja, a eliciação de uma resposta excitatória de tumescência.

Aprendemos durante a infância e adolescência (por regras e contingências) que roçando algo no pênis será eliciada uma resposta prazerosa. Através dos jogos sexuais infantis, das regras que são passadas pelos mais velhos e das contingências estabelecidas nas primeiras relações sexuais forma-se o repertório sexual definindo os OPERANTES, que são classes de respostas definidas em termos de estímulos que produzem conseqüências. O operante é o comportamento mais provável na presença de um estímulo discriminativo devido a uma história de reforço na sua presença. Construímos um operante ao tornarmos um reforço contingente a uma resposta. A maneira como ocorreu às primeiras relações sexuais, o reforçamento (orgasmo e ejaculação), dentre outros, definirá classes de operantes.

Referência bibliográfica:

Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. Porto Alegre: Artmed.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:17:24 +0000
Contingências de reforço http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/23-contingencias-de-reforco http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/23-contingencias-de-reforco davidddAs relações entre organismo e ambiente são chamadas de contingências de reforço. O terapeuta irá identificar e demonstrar, através de hipóteses, as relações funcionais existentes nestas contingências de reforço e poderá ter uma explicação de uma possível disfunção sexual de origem não-orgânica. Partimos sempre do princípio que qualquer comportamento é determinado por algo, existindo uma relação causal na sua determinação.

A análise do comportamento objetiva evidenciar quais são as leis que determinam como os organismos se comportam. Ao contrário da Psicologia tradicional introspectiva que destaca o papel de algo nomeado de “mente” na determinação do comportamento, a análise do comportamento acredita que o comportamento ocorre através das contingências de reforço na inter-relação entre o organismo e o ambiente. A terapia comportamental aplica os princípios da análise do comportamento.

Contingências de reforço

O conceito de contingência na análise do comportamento é ligado ao entendimento de que quando emitimos uma resposta, e esta resposta é de alguma forma reforçada pelo ambiente, ocorrerá um aumento na probabilidade desta mesma resposta ocorrer no futuro devido a sua conseqüência reforçadora. Todo comportamento é determinado, direta ou indiretamente, pelas conseqüências. (Skinner, 1993).

Para ilustrar o conceito vejamos um de simples entendimento: José aprendeu com o seu pai a ser pontual em tudo que faz. Ele começou no novo emprego e agora sai com uma hora de antecedência da sua casa para o trabalho. No trabalho anterior saía 40 minutos. Sair uma hora de casa para o trabalho agora é reforçador - a conseqüência será não chegar atrasado ao novo trabalho. A nova contingência ambiental (novo trabalho mais distante da sua casa) alterou o comportamento de José (agora sair uma hora antes, não mais 40 minutos), pois discrimina uma nova conseqüência reforçadora (chegar no horário no novo trabalho). Uma resposta reforçada numa determinada ocasião tem maior probabilidade de ocorrer em ocasião que lhe seja muito semelhante; em virtude, porém, de um processo chamado de generalização, pode surgir em ocasiões que partilhem apenas algumas dessas mesmas propriedades. (Skinner, 1993).

São as contingências ambientais que estão todo tempo controlando nosso comportamento. Elas determinam como iremos nos comportar. Para mudar o comportamento de uma pessoa temos que arranjar novas contingências para se obter o comportamento desejado. Uma pessoa é modificada pelas contingências de reforço em que age... (Skinner, 1993). Na Terapia Comportamental fazemos arranjos de contingências no ambiente do cliente para extinguir o comportamento problema e promover o comportamento desejado.

Sinopse de Caso – Disfunção Erétil

Ramon (nome fictício), 33 anos, executivo, separado, heterossexual, sem filhos, queixa-se de Disfunção Erétil. Indicado para tratamento terapêutico por médico urologista depois de submeter-se aos exames laboratoriais de rotina e se constatar que nada orgânico estaria associado à disfunção. O cliente foi casado com Maria (nome fictício) durante nove anos. Ela foi sua única namorada e a mulher com quem fez sexo pela primeira vez. Conheceram-se na adolescência. O cliente relata que, desde as primeiras relações sexuais, Maria se queixava muito de dor na penetração e em sua opinião “ela não relaxava o suficiente”. Durante o namoro e o casamento nunca tiveram uma vida sexual regular.

Ele sempre tomava a iniciativa para terem relações sexuais. Ocorriam poucas preliminares. Na quase totalidade das relações sexuais ele não conseguia fazer toda penetração vaginal devido às dores sentidas por Maria e a pouca lubrificação vaginal. Nas preliminares ele conseguia manter a ereção, mas na hora da penetração perdia a ereção.

Como consequência, Ramon ou ejaculava rápido ou perdia a ereção. Perder a ereção na hora que posicionava o pênis para fazer a penetração vaginal era mais comum. A masturbação solitária, onde ele não perdia a ereção, passou a fazer parte da vida sexual do cliente já que Maria demonstrava pouco interesse em ter relação sexual.

O dado clínico importante neste relato é que ele perdia a ereção na hora da penetração quando posicionava o pênis no intróito vaginal. Ele forçava o pênis para encaixar-se na vagina e o pênis quase sempre não entrava na sua totalidade, neste momento ele perdia a ereção. Algumas vezes ele se masturbava e/ou fazia estimulação clitoriana com os dedos em Maria para ela obter o orgasmo. Ele não sabe se ela tinha orgasmo.

Uma pergunta que surge inicialmente é por que mesmo com a vida sexual irregular e insatisfatória para o cliente, o casamento manteve-se por nove anos? Apesar de o cliente declarar que não tinha uma “vida sexual legal” - punidor, Maria tinha uma série de “atributos que me faziam muito bem. Era uma mulher linda e eu gosto de mulheres bonitas que se cuidam, uma mulher de sucesso profissional e eu tinha uma ligação muito forte com a família dela.” Estes reforçadores mantinham o casamento de Ramon. Mas, o cliente declara “que depois dos 30 anos de idade comecei a questionar minha vida sexual daí minha decisão de terminar o casamento”.

Separado de Maria, Ramon “fica com uma moça de 25 anos” e sempre perde a ereção. Começa a se preocupar num padrão de ruminação agora apresentando muita ansiedade antes do sexo. Sai com várias garotas de programa e não consegue manter a ereção. Até que resolve procurar ajuda profissional.

Análise de Caso

Perder a ereção na hora da penetração foi um comportamento contingeciando por vários anos de reforçamento. Ramon sensibilizou seu organismo com a perda da ereção neste contexto sexual. Num processo de generalização este comportamento foi levado para outros contextos sexuais, com suas novas parceiras. Ao contrário do que ele imaginava não era a ansiedade que provocava a Disfunção Erétil, mas sim a história de reforçamento: as contingências passadas. Por que com Maria ele perdia a ereção? Porque, provavelmente, as seguintes causas/variáveis determinaram o condicionamento de perder a ereção: 1) devido às dores que Maria sentia uma possível Dispareunia; 2) a falta de excitação sexual de Maria, com pouca lubrificação; 3) a dificuldade de fazer a penetração; e 4) sentido a ausência de receptividade sexual da mulher “eu desanimava, desistia”, segundo relato de Ramon. Estas variáveis criavam um ambiente aversivo, então, perder a ereção tinha uma conseqüência reforçadora: deixar de provocar dor em Maria. Perder a ereção era um reforço negativo de fuga, tinha como função eliminar uma estimulação aversiva em Maria. Ramon, incentivado pela nova namorada, fez a terapia sexual comportamental que dessensibilizou a Disfunção Erétil. O tratamento durou 20 sessões e ele recuperou sua ereção.

Referência bibliográfica: Skinner, B. F. (1993). Sobre o behaviorismo. São Paulo: Cultrix.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:16:21 +0000
O Clitóris http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/22-o-clitoris http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/22-o-clitoris cliO clitóris é uma estrutura presente no órgão genital da mulher que ocupa quase toda a vulva, que é a parte da frente da vagina. Área extremamente sensível da vulva, é no clitóris que a maioria das mulheres se estimulam ou devem ser estimuladas para chegarem ao orgasmo. O clitóris é formado por um tipo de tecido semelhante ao do pênis, que é capaz de ficar erétil na excitação sexual.

Na parte interna dos lábios externos ficam as chamadas pernas do clitóris. Logo depois do orgasmo da mulher a vulva fica muito crescida, por conta da congestão sangüínea.  Geralmente o clitóris fica tão inchado depois da relação, que é difícil urinar, pois a uretra fica prensada pelo clitóris aumentado.

cli1O denominado  sistema clitoridiano  conta com 18 estruturas anatômicas distintas, formada por ricas terminações nervosas. É localizada, uma parte em volta da uretra e outra parte vai até o períneo, que é o espaço entre a abertura da vagina e do ânus. Além, de ter ramificações para a raiz das coxas.

A estrutura  do clitóris mais evidente é a sua glande, que é extremamente sensível. Embora bem menor em tamanho que a glande do pênis, a glande do clitóris tem 4 vezes mais terminações nervosas.  Ela é coberta por uma capinha chamada de prepúcio.

Da glande do clitóris surgem duas pregas de pele que descem até a abertura da vagina. Essas pregas são chamadas em geral de pequenos lábios, ou lábios internos. Existe uma enorme variação anatômica dos pequenos lábios, podendo ser pequenos, grandes ou médios.

Antigamente, existia a crença de que a mulher deveria ter o orgasmo pela vagina, através da penetração do pênis.  Erroneamente, se acreditava, que a mulher que gozava com a estimulação do clitóris era anormal e problemática.

Tanto na masturbação como na relação sexual, geralmente, as mulheres  gostam de uma manipulação direta da glande do clitóris de forma delicada. É uma estrutura muito sensível. A estimulação com força pode doer e machucar. A mulher só deve ser penetrada pelo seu parceiro, depois de uma preliminar longa e muita estimulação clitoriana, através dos dedos e/ou da língua. Só assim, ela terá uma boa lubrificação vaginal e a relação será prazerosa para ambos.

Durante a penetração, dependendo da posição escolhida para obterem o orgasmo,  o parceiro deverá roçar o clitóris com a raiz do pênis no movimento de vai e vem ou com os seus dedos.

É fundamental que a mulher fale para o(a) parceiro(a) como quer ser tocada. Cada mulher tem suas preferências, é algo muito pessoal, não existindo uma regra geral.

Algumas  preferem a estimulação suave e delicada, outras gostam de algo com mais força e vigor. Com relação ao ritmo da estimulação algumas gostam de um ritmo contínuo, outras do tipo parar e recomeçar etc.

Sempre mudem de posição durante a relação e escolham uma posição final para obtenção do orgasmo. As parcerias sexuais devem sempre se comunicarem sobre suas preferências. Não tenha vergonha! Pergunte a sua parceria sexual como ela gosta de ser excitada e fale sobre a sua forma preferida. Tenham bons orgasmos!

Fontes de pesquisa para este artigo: Chalker, R. A verdade sobre o clitóris e  A New View of a Woman's Body.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:13:18 +0000
Próstata http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/21-prostata http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/21-prostata proA próstata é uma glândula que produz um dos líquidos que compõem o sêmen, ou esperma. Ela é encontrada exclusivamente no homem. É do tamanho de uma noz e tem aproximadamente 4 cm e pesa em torno de 20 gramas. Localizada abaixo da bexiga, envolve a uretra em sua posição inicial. Uretra é uma estrutura, em forma de canal, por onde passa a urina e o esperma para o meio externo.Depois dos 45 anos de idade a próstata tende a aumentar de volume. Em alguns homens este aumento é muito grande dificultando a micção, ou ato de urinar, porque com seu crescimento ela pode comprimir o canal uretral. Homens acima de 40 anos, que tem caso de câncer de próstata na família e todos os homens depois dos 50 anos de idade devem, anualmente, fazer exames com médico urologista para controlar o crescimento da próstata. Os exames são:


pro1•  Toque retal prostático

•  PSA (dosagem do antígeno prostático específico)

Estes exames são necessários para que o homem não desenvolva uma destas duas doenças:

HPB (Hiperplasia Prostática Benigna)

É o crescimento da próstata sem característica cancerosa. Devido ao crescimento a pessoa tem dificuldade de urinar. Apresenta hesitação no início da micção, jato urinário fraco e interrompido, gotejamento exagerado no final da micção e aumento de idas ao banheiro de dia e de noite. Em alguns casos, é necessária a cirurgia de próstata, que pode ocasionar a Ejaculação Retrograda, ou seja, o esperma passa a cair na bexiga quando ocorre o orgasmo e é eliminado na próxima vez que o homem for urinar. A Ejaculação Retrograda não compromete o desejo nem a ereção peniana.

CaP (Câncer de Próstata)

O câncer de próstata é o mais freqüente em nosso país em homens depois dos 50 anos de idade. Só perde para o câncer de pele em mortes. Pode ser assintomático, ou manifestar-se de forma semelhante ao HPB. As duas doenças podem coexistir. Daí a necessidade do exame periódico. Os exames de toque retal, de sangue (PSA) e ultra-sonografia serão necessários, inclusive para definir uma possível biópsia para determinar a progressão do câncer e sua malignidade. O tratamento consiste em cirurgia, radioterapia e hormonioterapia. O médico deverá definir o tratamento dependendo do estado clínico do paciente.

Cuide-se e evite futuros problemas que podem comprometer sua saúde sexual. Procure um médico urologista e faça seus exames.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:10:23 +0000
Andropausa http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/20-andropausa http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/20-andropausa jun2006bO que é Andropausa?

O nome é uma referência ao fenômeno hormonal que ocorre em mulheres – menopausa – após os 45 anos de idade. Porém, não representa o mesmo tipo de alteração. Em mulheres, há um acentuado declínio na produção hormonal que leva à falência funcional das gônadas (ovários) e interrupção do ciclo menstrual. Nos homens, foram identificadas várias alterações hormonais. A mais comum é uma redução dos níveis de testosterona, porém não resulta em falência gonadal completa ou interrupção de uma função fisiológica. Há muitas diferenças entre a menopausa e o fenômeno de nome similar dos homens. Não existe uma faixa de idade mais comum para início dos sintomas e nem todos os homens apresentam este problema - o diagnóstico é difícil e o tratamento extremamente controverso.

O que ocorre exatamente na Andropausa?

A deficiência de testosterona no homem idoso pode causar diminuição do interesse sexual (libido) e da qualidade das ereções; diminuição da massa muscular; aumento da massa de gordura visceral e alterações no perfil lipídico no sangue; diminuição da massa óssea e osteoporose e diminuição da sensação de bem-estar - caracterizada como diminuição da atividade intelectual, dificuldade de orientação espacial, fadiga e depressão.

Todavia, não se sabe exatamente se esta diminuição de testosterona é um fenômeno isolado, que ocorre devido uma falência da gônada em evolução (hipogonadismo primário), ou se é decorrente de outras alterações no complexo mecanismo de controle hormonal do organismo.

Pessoas com problemas sexuais podem estar na Andropausa?

Este é um assunto bastante polêmico. Sabemos que um dos principais efeitos da diminuição dos níveis de testosterona é a disfunção sexual. No entanto, várias pesquisas demonstram que, na maioria dos homens com problemas sexuais, a causa não é hormonal. Cerca de 3% a 4% dos casos de disfunção sexual em homens de todas as idades é devido a problemas hormonais. No homem idoso, aumenta a freqüência de problemas hormonais, mas também aumenta a incidência de outros problemas que podem causar impotência como, por exemplo, doenças vasculares, diabetes, problemas cardíacos e neurológicos, entre outros. Por esta razão, não se pode afirmar que os problemas sexuais de todos os homens idosos são necessariamente decorrentes de alterações hormonais. A maioria não é. Para saber se um distúrbio sexual está associado a alterações características da Andropausa é preciso consultar um urologista ou um endocrinologista.

Uma pessoa com níveis de testosterona diminuídos no sangue pode estar na Andropausa?

Isto não é verdade. Há uma redução natural dos níveis de testosterona que ocorre com a idade. No entanto, esta redução não implica necessariamente em problemas de saúde. A medicina ainda não compreende muito bem por que isso ocorre. Sabemos que há diferentes formas de testosterona no sangue. Uma delas é a testosterona livre, considerada a responsável pelos efeitos conhecidos dos andrógenos. Uma parte da testosterona está ligada a outras moléculas e não tem efeitos biológicos muito claros. Talvez por esta razão existam homens com sintomas de deficiência androgênica - que possuem níveis de testosterona normais - e outros sem sintomas com níveis de testosterona diminuídos. É o conjunto de sinais e sintomas, associado a vários tipos de exames de sangue, que permite ao médico fazer o diagnóstico correto de Andropausa.

O homem precisa fazer Terapia de Reposição Hormonal?

Não. A reposição hormonal só é recomendável em homens com indicações exatas. Estas indicações são presença de um ou mais sintomas atribuíveis ao baixo nível hormonal; dosagens de testosterona mostrando níveis baixos e alterações compatíveis de outros hormônios responsáveis pela regulação dos testículos. Isto não ocorre em todos os homens e não existe certeza se todos os homens com este quadro clínico necessitam de tratamento. As conseqüências da redução hormonal para o organismo não são completamente conhecidas. Não sabemos se haverá comprometimento importante na saúde do indivíduo que não for tratado. Por isso, não se pode recomendar a reposição hormonal rotineira em homens idosos. O conhecimento médico sobre as conseqüências da privação hormonal em homens idosos é decorrente de situações clínicas incomuns, como a resultante de ablação hormonal terapêutica indicada em homens com câncer de próstata.

Quais são os cuidados que um homem em Terapia de Reposição Hormonal precisa ter?

A Terapia de Reposição Hormonal deve ser controlada pelo médico a cada quatro meses no primeiro ano de tratamento. É preciso se certificar da ausência de problemas hepáticos, cardíacos e de próstata e da ausência de alterações no perfil lipídico do sangue. A testosterona sintética é metabolizada pelo fígado e pode causar danos para este órgão. Pessoas com fatores de risco para doenças cardíacas podem ter agravamento do quadro durante o tratamento com testosterona e, os que têm câncer de próstata oculto podem ter aumento na velocidade de crescimento do tumor. Porém, a reposição hormonal não causa câncer de próstata. Finalmente, os resultados do tratamento são medidos pela melhora dos sintomas: melhora da função sexual, aumento da massa muscular, melhora da sensação de bem estar e da disposição em geral.

Texto copiado na íntegra do site http://www.sbu-sp.org.br/index .asp da Sociedade Brasileira de Urologia - Seção São Paulo. Colaborou com este texto – Dr. Carlos Alberto Bezerra.

“Procure um médico urologista após os 45 anos de idade para exames de rotina. Cuide da sua saúde!”.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:09:14 +0000
Ética do terapeuta sexual http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/19-etica-do-terapeuta-sexual http://www.syntony.com.br/index.php/artigos/19-etica-do-terapeuta-sexual ago2004aA ética profissional refere-se ao modo como o terapeuta conduz sua atividade profissional junto aos seus clientes, aos colegas de profissão e a sociedade.

Para o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa,  ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes a conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativo a uma determinada sociedade ou seja de modo universal.

Tratando-se da terapia, é um assunto de alta relevância, pois  esta atividade profissional  já traz em si uma marcante condição ética, pois lida com a privacidade do cliente.  No tocante a terapia sexual a ética é maximizada devido a sexualidade ser um assunto de maior grau de privacidade e revestida de muitos  tabus.

O terapeuta sexual deve guiar sua atividade profissional tendo como base os dez valores éticos abaixo:

1. Nortear sua atividade promovendo a saúde comportamental do cliente: emoções e vida sexual.

2. Nunca  discriminar o cliente por motivo de gênero, orientação sexual, cor da pele, posição sociocultural e econômica

3. Acolher o cliente garantindo sempre o sigilo absoluto das informações passadas por ele

4. Nunca  permitir que o seu envolvimento emocional com o cliente interfira no tratamento, se estabelecendo um vínculo afetivo que extrapole a relação profissional terapeuta e cliente, provocando assim uma ligação emocional que não seja terapêutica

5. Manter uma relação baseada na  transparência, franqueza e verdade junto ao cliente

6. Utilizar-se de métodos e práticas científicas reconhecidos pelas entidades que regulamentam  a profissão

7. Nunca permitir que seus preconceitos e o juízo de valor interfiram na sua atividade enquanto terapeuta

8. Entender  o drama humano do cliente nas dimensões psicológicas, culturais e sociais em que ele está inserido, impedindo que seus dogmas religiosos  e ideologias  interfiram no processo terapêutico

9. Praticar um preço justo, baseado no mercado, na cobrança do seu trabalho

10. Nunca promover experimentos de novas práticas e técnicas sem o consentimento do cliente e sem o respaldo das entidades que regulamentam a profissão

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: pedrosa@syntony.com.br

Marque sua Consulta em São Paulo

Consultório em São Paulo (atendimento grande São Paulo)
Rua Itapeva ao lado do Metrô Trianon-Masp
Fone: (11) 98515-2038 Whatsapp

Marque sua Consulta em Santos

Consultório em Santos (atendimento baixada santista)
Avenida Ana Costa próximo ao Extra
Fone: (13) 3395-2038 - Santos

]]>
pedrosagol@bol.com.br (Administrator) Artigos Fri, 10 Aug 2012 19:08:15 +0000